Orçamento
Haddad afirmou que a equipe econômica e a Casa Civil devem concluir ainda hoje as medidas de recomposição do orçamento após o Congresso derrubar a MP do IOF, que aumentava impostos para compensar perdas de arrecadação.
O ministro destacou que, apesar de 2026 ser ano eleitoral, o governo não pretende adotar medidas populistas.
“Tudo o que nós não queremos é chegar no ano que vem com problema de emenda ou interrupção de obra. Não tivemos nada disso durante três anos, e não será o calendário eleitoral que vai trazer problemas para o país.”
“Centro da meta”
As declarações de Haddad ocorreram um dia após o TCU aceitar um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) e suspender a obrigação de o governo perseguir o resultado primário central de déficit zero em 2025.
A decisão monocrática do ministro Benjamin Zymler afastou, ao menos temporariamente, o risco de um bloqueio adicional de até R$ 31 bilhões no orçamento.
Em setembro, o tribunal havia alertado o Executivo sobre a necessidade de buscar o centro da meta fiscal, interpretando a tolerância de 0,25% do PIB como uma margem de ajuste, não como meta alternativa.
A AGU, porém, defendeu que a norma deve ser cumprida dentro da banda de variação — o que permite um déficit de até R$ 31 bilhões sem violar o arcabouço fiscal.
Cenário econômico
Haddad destacou que o governo manteve disciplina fiscal mesmo com espaço para gastar mais, citando os R$ 20 bilhões não utilizados em 2024.
“Tínhamos espaço para investir mais, mas não o fizemos porque há compromisso com as contas públicas. Esse compromisso é o que permite o crescimento econômico com baixa inflação. Vamos terminar o mandato com bons indicadores”, afirmou.
O ministro reforçou que o equilíbrio entre responsabilidade fiscal e investimentos públicos é central para sustentar o crescimento.
The post Haddad diz que governo “provou” compromisso com o centro da meta fiscal appeared first on InfoMoney.