“Passamos da defensiva para a ofensiva na luta contra o crime, uma luta que nos permitirá recuperar a paz, a tranquilidade e a confiança de milhões de peruanos”, afirmou Jerí, cercado por seu gabinete ministerial.
A capital peruana já esteve parcialmente sob estado de emergência entre março e julho do ano passado, após o assassinato de um cantor popular. Em Lima e Callao vivem mais de 10 milhões de pessoas.
Em 10 de outubro, o Congresso peruano destituiu a então presidente Dina Boluarte, dando lugar ao presidente interino José Jerí. A troca no governo agravou os protestos.
No dia 15, as manifestações chegaram ao ápice. Milhares de pessoas se posicionaram não apenas contra a insegurança, mas também contra o Congresso e contra o governo recém-empossado.
Os manifestantes entraram em confronto com a polícia provocando a morte de uma pessoa e deixando centenas de feridos, incluindo policiais e jornalistas.
Os protestos levaram o governo peruano avisar previamente o decreto do estado de emergência. “Vamos anunciar a decisão de declarar estado de emergência pelo menos na região metropolitana de Lima”, disse, na última quinta-feira, 16, o chefe de gabinete Ernesto Álvarez a repórteres após uma reunião de ministros.
O Peru sofre desde 2024 um aumento da violência urbana, com uma onda de extorsões que colocou a insegurança como a principal preocupação da população, segundo pesquisas. As denúncias de extorsão passaram de 2.396 em 2023 para 15.336 em 2024 no país andino, um aumento de 540%. Lima liderou o registro, segundo informações oficiais do Peru./Com AFP
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