O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pretende aprofundar a cooperação nuclear com países do mundo através do Brics, bloco no qual o Brasil faz parte. O manifesto ocorreu nesta quinta-feira (16/10), durante o Fórum Internacional da Semana da Energia Russa, onde o líder russo enfatizou que a área atômica será o futuro do balanço energético global.
“Formamos uma base de desenvolvimento nacional, trabalhadora, científica e tecnológica de um país inteiro [no que diz respeito à linha de energia elétrica]. Nessa base, construímos eletroestações na Egito, Bangladesh eTurquia, e estamos tentando aprofundar a cooperação nuclear com países do sul global através do Brics. Nós somos muito ativos neste âmbito”, afirmou Putin.
Leia também
-
Tarifaço: Putin participará de reunião do Brics convocada por Lula
-
Brics: Putin critica “bilhão dourado” e propõe novo sistema financeiro
-
Sem Xi e Putin: saiba quais autoridades estarão na cúpula do Brics
-
Putin participará dos Brics por videoconferência após impasse com TPI
Durante o discurso, o líder russo enfatizou que pretende investir na área atômica por meio do Brics, onde países do bloco representam um mercado crescente para esta tecnologia. A Rússia é líder global em construção de usinas e, segundo Putin, é o único país capaz de cobrir toda rede de valor da energia nuclear, o que desperta interesse do governo russo ao enxergar uma nova oportunidade de mercado.
Putin sinaliza interesse em trabalhar com países do bloco neste âmbito porque, segundo ele, especialistas apontam que a potência da energia atômica mundial aumentará quase duas vezes futuramente, valorizando o mercado nuclear da Rússia, uma vez que é sancionada com o petróleo e o gás. Ele ainda acrescentou que a Rússia está construindo pequenas usinas nucleares como o “começo” de um projeto.
“Os especialistas acreditam que a energia atômica será uma das construções do futuro do balanço energético global. Em 2050, a potência da energia atômica mundial aumentará quase duas vezes. Na Rússia, são planejados mais de 29 gigawatts de potência de eletroestações atômicas, incluindo as pequenas (usinas nucleares). As pequenas ainda não estão sendo construídas. Há planos, mas, na prática, não acontece em nenhum lugar do mundo, apenas aqui”, declarou.
O Fórum Internacional da Semana da Energia Russa aconteceu em Moscou e recebeu chefes de empresas líderes mundiais e especialistas do setor energético para dialogar sobre o desenvolvimento do setor energético russo, que foi sancionado pela Europa.