Em setembro de 2025, a estilista gaúcha Camila Paludo protagonizou um momento que uniu afeto, tradição e alta-costura. Realizada na Villa Subaglio, na região da Lombardia, Itália, a cerimônia marcou não apenas a celebração do amor, mas também o ponto alto de sua trajetória como criadora. Camila decidiu assumir o papel de noiva e designer, criando o próprio vestido com técnicas de alta-costura e um olhar profundamente pessoal.
A peça, desenvolvida ao longo de aproximadamente 300 horas, foi construída com a técnica francesa de moulage e ganhou destaque pelas mais de 500 flores artesanais aplicadas manualmente. “Cada flor carrega um pedaço do meu tempo e da minha dedicação”, explica a estilista, que viu no processo uma oportunidade de se enxergar por completo em uma criação.
Os tecidos escolhidos, como tule e organza, refletem sua história familiar e simbolizam a dualidade entre força e delicadeza. A silhueta tomara que caia com saia godê traduz o equilíbrio entre romantismo e estrutura — elementos recorrentes em suas coleções.
O olhar artesanal de Camila Paludo esteve presente em cada aspecto da cerimônia. Os convites traziam a mesma padronagem dos guardanapos costurados à mão, e lenços bordados foram oferecidos ao noivo e a parceiros de clientes. As madrinhas participaram do processo criativo, escolhendo cores e modelos a partir de croquis desenhados por Camila. Até sua mãe ganhou destaque com um look em plumas, que encantou os convidados.
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Criar o próprio vestido também trouxe desafios. O principal foi o peso da peça, que exigiu ajustes técnicos para garantir conforto sem perder a imponência. No dia da cerimônia, o sol inesperadamente brilhou e, com ele, veio a leveza. “O vestido passou a ser consequência de tudo o que estava acontecendo”, lembra.
Nas redes sociais, a repercussão foi espontânea e significativa. Um vídeo das madrinhas descobrindo seus vestidos viralizou, seguido por imagens do vestido civil, que trazia a primeira carta escrita por seu noivo costurada no tecido. A resposta do público reforçou o valor do trabalho manual e a identidade do ateliê. “Cada ponto tinha história, e isso só fortaleceu quem eu sou como estilista”, conclui.
