
Ouro em alta: guia gratuito para investidores que querem aproveitar o momento
O ouro se destaca como porto seguro em tempos turbulentos; entenda o que impulsiona sua alta e se ainda é hora de aproveitar a oportunidade

Gestor Bill Gross diz que ouro virou ativo ‘meme’ e recomenda cautela
O comentário veio em meio à correção do metal precioso iniciada há pouco: após renovar máxima histórica mais cedo
O preço do ouro disparou 65% em 2025 devido à incerteza econômica induzida pelas tarifas de Donald Trump, o que levou à depreciação do dólar, antes favorecido como porto seguro.
Na sexta-feira (17), o ativo atingiu outro recorde, cerca de US$ 4.242 por onça (28,35 gramas), após o aumento das tensões comerciais entre os EUA e a China e a crescente discussão sobre cortes iminentes nas taxas de juros. Os bancos centrais também continuaram a adquirir reservas de ouro para reduzir a exposição ao dólar.
O Goldman Sachs projeta que o ouro atingirá US$ 4.900 até o final de 2026.
Embora o ouro seja frequentemente visto como uma proteção sem capacidade de pagar juros ou dividendos, ele brilha em tempos de incerteza econômica como um ativo de porto seguro porque é uma commodity finita com um alto valor atribuído.
A recente febre do ouro até levou Wall Street a capitular relutantemente ao desejo dos investidores de comprar o metal.
Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, que normalmente não compra ouro nem incentiva outros a fazê-lo, mudou recentemente de opinião.
“Esta é uma das poucas vezes na minha vida em que é semi-racional ter algum em seu portfólio”, disse ele à editora-chefe da “Fortune”, Alyson Shontell, na conferência Most Powerful Women.
Repeteco dos anos 70
Lina Thomas traçou uma comparação entre a corrida do ouro de hoje e a dos anos 1970. Sob o ex-presidente Richard Nixon e, mais tarde, com o ex-presidente Jimmy Carter, os preços do ouro dispararam — subindo de US$ 35 em 1970 para US$ 850 em 1980, um aumento de mais de 2.300%.
Isso se seguiu ao fim do padrão-ouro — que ligava o valor do dólar americano ao metal precioso — em 1971, bem como a uma amálgama de fatores que agitavam a situação econômica, incluindo choques do petróleo após a turbulência no Oriente Médio e a inflação crescente.
“Naquela época, as preocupações fiscais e a incerteza política levaram investidores privados a buscar uma reserva de valor fora do sistema”, disse ela. “Se esses temores surgissem novamente, poderíamos ver a tendência global de diversificação se intensificar.”
O mercado de ouro também empalidece em comparação com o tamanho dos mercados de ações e títulos do Tesouro (treasuries), o que significa que o preço do metal pode aumentar mais rapidamente, acrescentou Thomas.
O empresário canadense e lendário investidor em ouro Pierre Lassonde disse que não apenas vê paralelos entre os anos 1970 e hoje, mas acredita que os EUA estejam entrando num ciclo de alta, como quando os preços do ouro começaram a subir há meio século.
Em 1975, por exemplo, o preço do ouro iniciou sua ascensão exponencial que durou até o final da década.
“Estamos no ano equivalente a 1976 agora, dessa alta de quatro anos”, disse Lassonde em um episódio do podcast Wealthion no início deste mês. “Acho que temos mais três anos pela frente, e o preço vai subir muito mais.”
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