O cenário de investimentos em ativos digitais no Brasil acaba de ganhar um protagonista de peso. A 21Shares, uma potência global na gestão de produtos de criptomoedas negociados em bolsa (ETPs), oficializou sua entrada no mercado brasileiro. A cerimônia, marcada pelo toque de campainha na B3, em São Paulo, simboliza não apenas o início das operações, mas uma nova era de acesso a criptoativos para o investidor local.
Com uma impressionante carteira de US$ 11 bilhões em ativos e dominando 30% do mercado europeu, a empresa suíça não chega para ser apenas mais uma opção. Seu objetivo é claro: liderar e transformar a maneira como os brasileiros investem em criptomoedas.
A entrada da 21Shares no Brasil é um movimento estratégico que reflete o amadurecimento do nosso mercado. Duncan Moir, presidente global da companhia, enxerga o país como “um dos mercados mais promissores para ativos digitais em todo o mundo”. Essa visão é respaldada por números: pesquisas recentes, como as do Instituto Locomotiva e Datafolha, indicam que cerca de 42% dos investidores brasileiros já alocam capital em criptoativos, um universo estimado em 25 milhões de pessoas.
A grande vantagem para o investidor é a segurança e a simplicidade. Através dos ETPs (Exchange Traded Products), qualquer pessoa com uma conta em um banco ou corretora pode ter exposição ao desempenho de criptomoedas como Bitcoin, Ethereum, Cardano e Solana, sem a complexidade de gerenciar carteiras digitais e chaves privadas.
Bruna Cabús, representante da 21Shares para a América Latina, destaca que a listagem na B3 oferece um ambiente de negociação robusto e amparado pela legislação local. “Estamos colocando nossa expertise a serviço do público brasileiro, oferecendo novas formas de se expor às principais criptomoedas do mercado com mais segurança em todo o processo”, afirma.
Em essência, um ETP funciona de maneira semelhante a um ETF. É um instrumento financeiro regulamentado que espelha o valor de um ativo — neste caso, criptomoedas. Isso proporciona liquidez, transparência de preços e uma custódia de nível institucional, elementos que atraem tanto investidores novatos quanto os mais experientes.
A chegada da 21Shares é, portanto, um divisor de águas, validando a relevância do Brasil no futuro das finanças e democratizando o acesso a uma das classes de ativos mais disruptivas da nossa era.