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Adeus ao BRT: RJ planeja substituir ônibus por novos veículos elétricos nos corredores de transporte

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Publicado em 03/11/2025 às 15:59

Prefeitura carioca avança em projeto que prevê a conversão dos corredores do BRT em vias, marcando uma nova fase da mobilidade urbana na cidade

A cidade do Rio de Janeiro está prestes a dar adeus ao sistema de ônibus BRT (Bus Rapid Transit). Durante mais de uma década, ele foi o principal modelo de transporte público da capital.

No dia 23 de outubro de 2025, a Câmara dos Vereadores do Rio aprovou um projeto de lei que autoriza a conversão dos corredores Transcarioca e Transoeste em vias exclusivas para Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), Veículos Leves sobre Pneus (VLP) ou tecnologias similares.

Como o projeto foi encaminhado pelo Poder Executivo Municipal, a sanção do prefeito Eduardo Paes é considerada praticamente certa. A proposta representa uma transformação estrutural no transporte coletivo carioca. Ela busca maior eficiência e sustentabilidade após anos de desafios operacionais.

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Substituição do BRT: o futuro do transporte público no Rio

De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Lima, o BRT ainda funciona bem, mas seu modelo operacional tem vida útil de cerca de dez anos.

Assim, segundo o secretário, “não podemos ficar parados”, pois o sistema precisa evoluir para novas tecnologias. Atualmente, as duas opções em estudo para substituir o BRT são o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o Veículo Leve sobre Pneus (VLP).

Ambas as alternativas têm em comum o uso de energia limpa, o baixo ruído e a maior capacidade de transporte. Elas também se adequam às metas ambientais da cidade.

Enquanto isso, a prefeitura considera que a migração para sistemas elétricos integrados poderá reduzir custos operacionais. Além disso, pretende diminuir a emissão de poluentes e melhorar a mobilidade nas principais zonas urbanas.

VLT: tecnologia já consolidada e expansão planejada

O VLT foi inaugurado em 2016, durante os Jogos Olímpicos do Rio. Desde então, ele opera na região central, conectando o Aeroporto Santos Dumont, a Rodoviária Novo Rio e o Porto Maravilha.

O sistema é 100% elétrico e recarregado pelos próprios trilhos, dispensando o uso de cabos aéreos na maioria dos trechos. A prefeitura pretende expandir o VLT para novos bairros.

Os locais previstos incluem São Cristóvão, Botafogo e Ilha do Governador, ampliando o alcance do modal. Essa expansão reforça o plano municipal de transformar o transporte público carioca em um modelo mais limpo, eficiente e moderno.

A proposta está totalmente alinhada às tendências globais de mobilidade urbana sustentável e às metas climáticas da cidade.

VLP: inovação sobre pneus e alta eficiência

O Veículo Leve sobre Pneus (VLP) surge como alternativa intermediária entre o ônibus convencional e o trem urbano.

Embora lembre um trem, o VLP usa motores elétricos e circula em corredores exclusivos, o que melhora a fluidez e reduz atrasos.

O modelo é articulado, transporta grande número de passageiros e oferece conforto semelhante ao do VLT.

Para atingir a melhor eficiência, o VLP deve operar em corredores retilíneos, sem mudanças bruscas de faixa.

Um exemplo bem-sucedido está em São José dos Campos (SP). O sistema entrou em operação em 2024 e reduziu o tempo médio de deslocamento urbano, de acordo com dados da Prefeitura Municipal.

Transformação urbana e novos rumos da mobilidade carioca

A substituição do BRT por modais elétricos representa mais do que uma troca de veículos. Ela simboliza o início de uma nova era da mobilidade urbana no Rio de Janeiro.

Nessa fase, eficiência, sustentabilidade e modernização avançam juntas. O BRT teve papel fundamental desde sua inauguração em 2012, mas o avanço tecnológico e as novas demandas urbanas exigem renovação.

Com o apoio técnico da Secretaria de Transportes e colaboração de empresas especializadas, a cidade se prepara para um futuro mais limpo, ágil e conectado.

Em resumo, o Rio de Janeiro se despede de um sistema que marcou época e dá passos firmes rumo a um novo capítulo. Nesse contexto, a mobilidade elétrica surge como o pilar central da transformação urbana.

Será que essa substituição conseguirá realmente revolucionar o transporte carioca?

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