O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) descartou nesta terça-feira (21) a possibilidade de concorrer ao governo de São Paulo em 2026. A declaração, feita durante entrevista à TV Record, reforça que o ex-governador pretende permanecer ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma eventual disputa pela reeleição presidencial.
“O governo de São Paulo não está em cogitação”, afirmou o presidente em exercício, acrescentando que se sente “muito feliz” com o atual posto. Alckmin destacou o papel do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, que comanda desde 2023, como estratégico para a retomada da política industrial brasileira.
“Não há como o país sair da renda média sem fortalecer a indústria nacional”, disse.
PSB confirma apoio
O PSB, legenda de Alckmin, já sinalizou que apoiará a tentativa de reeleição de Lula. O presidente nacional do partido, João Campos, prefeito do Recife, afirmou que a sigla estará “na linha de frente” da campanha presidencial, afastando a hipótese de lançar candidatura própria ao Planalto.
A aliança entre PT, PSB, PCdoB e PV, que garantiu a vitória de Lula em 2022, deve ser reeditada em 2026, caso o presidente confirme a candidatura. Embora tenha admitido recentemente que “possivelmente será candidato”, Lula ainda não oficializou a decisão.
Disputa paulista
Enquanto Alckmin se mantém fora da corrida estadual, o cenário em São Paulo começa a se definir. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece como favorito e deve buscar a reeleição com o apoio da direita bolsonarista.
Na esquerda, os ministros Márcio França (PSB) e Alexandre Padilha (PT), além da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), são cotados como possíveis candidatos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), também mencionado em articulações internas, tem negado interesse em disputar o governo paulista.
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