Essa não é uma carta de amor direcionada a uma pessoa em específico — é uma carta para amores antigos, todos que já vivi.
Meu amor, obrigada.
Obrigada por ter despertado em mim aquilo que faz a vida ganhar mais cor.
Obrigada por ter sido a manifestação palpável daquilo que eu só conhecia pelos livros e filmes. Sim, você têm razão: nem tudo foi como nos contaram que seria.
Não foi sempre fácil, nem simples — e muito menos um “felizes para sempre”.
Mas foi um felizes enquanto deu. E talvez isso seja o suficiente.

Obrigada por ter sido meu espelho.
Por refletir tudo o que há de bonito em mim — mas também as sombras que pediam por cura.
Nenhum reflexo foi tão honesto sobre quem eu sou quanto o amor que vivemos.
Por você, me inundei, transbordei, rasguei, remendei e revivi.
Com você, me despi de todas as formas.
Te abri meu íntimo, te mostrei meu corpo, minhas curvas e cicatrizes — e você gostou.
Ao seu lado, experimentei o deleite de uma vida a dois, sonhando em multiplicar para três, quem sabe quatro.
Vivemos um amor que foi eterno no tempo que durou.
E mesmo que tenha chegado ao fim, isso não quer dizer que não foi amor.
E por isso, sou grata.
Obrigada por ter sido exemplo do que eu quero — e também do que não quero.
Por ter me ensinado, mesmo entre lágrimas, que limites são importantes.
E que, acima de você, sempre haverá de estar eu mesma.
Eu te amo, meus amores, por terem existido.
Por terem feito parte da minha história.
E por, de alguma forma, terem moldado meu coração para continuar batendo —
e acreditando que o amor está sempre à espera de uma nova morada.
Assinado: seu antigo amor.
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