Ela evitou falar sobre o tema nos últimos meses. Ao fim da conquista do último Campeonato Mundial feminino de vôlei, foi jogada para o alto numa espécie de homenagem das companheiras. Mas agora Monica De Gennaro tornou oficial a aposentadoria da seleção italiana.
Nesta sexta-feira (10/10), a líbero usou as redes sociais para confirmar a sua despedida no auge, após a medalha olímpica em Paris e o título mundial na Tailândia. Daqui para frente ela seguirá a carreira apenas no Conegliano, sob o comando do marido Daniele Santarelli.
“Chegou a hora de dizer adeus à camisa azul. Camisa que amei profundamente, que respeitei em cada gesto, que honrei ao colocar alma, corpo e coração em cada partida, por quase vinte anos da minha vida. Já sabia por muito tempo que esse seria meu último verão com ela. Guardei silenciosamente, por respeito à Federação, ao pessoal técnico, às minhas companheiras de equipa. Eu escolhi não falar sobre isso, manter o foco, viver cada momento como se fosse o primeiro. E aquele último. Esquivei-me de perguntas, sorri para a trivialidade, deslizei. Porque eu queria lutar antes. Lutando pela última conquista que faltava esse grupo extraordinário”, escreveu De Gennaro.
“É certo dar um passo atrás, deixar espaço para novos talentos que estão crescendo, fortes e prontos, e que tenho certeza que saberão escrever páginas ainda mais bonitas do que aquelas que já vivemos. Admito, vou sentir falta de tudo. Vou sentir saudades de viajar, treinar, entrar em quadra representando a Itália orgulhosamente. Vou sentir falta das risadas no vestiário, do trabalho duro nos exercícios, até mesmo das decepções, porque até aquelas nos fortaleceram”.
SAÍDA NO AUGE
“Mas acima de tudo vou sentir falta das emoções. As verdadeiras, poderosas. Vitórias compartilhadas com companheiras excepcionais, mulheres extraordinárias e atletas com quem trilhei um caminho inesquecível. Meus mais sinceros agradecimentos vão para elas. Por cada dia passamos juntos, por cada marco alcançado, por cada lágrima e cada sorriso compartilhado. Agradeço as pessoas da comissão técnica que acreditaram em mim, que me escolheram, me treinaram e me incentivaram. Um agradecimento especial vai para a minha família: sempre ao meu lado, nos momentos bons e principalmente nos mais difíceis, quando esta camisa era muito pesada mas não o suficiente para me deixar desistir. Mas agora essa hora chegou. Olá, seleção. A partir de hoje vai ter um novo fã nas bancas, uma nova voz em frente a TV. Mas o meu coração estará sempre lá, contigo. Obrigado, camisa azul. Com amor infinito, Moki”.
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