Juro alto, risco fiscal e spreads baixos colocam crédito privado sob ameaça, diz Nord
Maior exposição internacional
Segundo Caio Zylbersztajn, sócio da Nord, a casa já mantém uma alocação internacional de 18% para clientes de alta renda – percentual acima da média do mercado –, e trabalha para aumentar gradualmente a exposição dos clientes menores, que hoje estão entre 5% e 7%.
Dentro deste contexto de diversificação, a estratégia da casa é olhar para além dos Estados Unidos, já que a Bolsa americana está com ações sobrevalorizadas, especialmente no setor de tecnologia. “A gente gosta e é otimista com o movimento de tecnologia e IA, mas a nossa grande discussão é a que nível de preço vale a pena participar disso, e achamos que o preço está muito alto”, avalia.
Neste contexto, a recomendação é manter as ações americanas que servem de complemento às ações brasileiras, mas em patamar menor que em tempos anteriores. Essa migração de investimento, de acordo com a Nord, está indo para ativos chineses.
Mais China, menos EUA
Zylbersztajn pontua que a Bolsa chinesa seguia, até 2015/2016, um movimento parecido com a Bolsa brasileira, beneficiando-se de commodities, e setor imobiliário. Mas, nos últimos 10 anos, a China vem fazendo investimento em tecnologia seguindo a nova economia robótica, carros autônomos, energia, eletrificação e inteligência artificial. Assim, com as ações de tech dos EUA supervalorizadas e a forte entrada da China no mercado, uma boa alternativa para os investidores é se expor a ações chinesas.
“É uma forma de se expor a essa tendência com múltiplos ativos e preços muito mais baratos. É um bom complemento para quem tá comprado em Bolsa brasileira: ter uma posição estrutural ainda em Bolsa americana, embora menor do que já foi no passado dado esses preços, e a gente complementa a saída de Bolsa americana com Bolsa chinesa para conseguir capturar toda essa tendência que deve continuar a existir”, diz Zylbersztajn.
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