O dólar é negociado em forte alta nesta sexta-feira, 10, voltando a ultrapassar os R$ 5,50, em meios a incertezas fiscais domésticas e após novas ameaças de Donald Trump à China
Às 16h20, o dólar à vista subia 2,30%, aos R$ 5,501 na venda. Já o Ibovespa caía 0,64%, aos 140.797,59 pontos. Veja cotações.
+ China diz que controle de terras raras, que causou ameaça de Trump, protege segurança
O presidente dos Estados Unidos ameaçou aumentar as tarifas contra a China e cancelar uma reunião planejada com o presidente Xi Jinping. Trump, que iria se reunir com Xi em cerca de três semanas na Coreia do Sul, reclamou nas redes sociais sobre o que chamou de planos da China de manter a economia global refém depois que a China expandiu drasticamente seus controles de exportação de terras raras na quinta-feira.
Trump também ameaçou com um “forte” aumento das tarifas sobre as importações norte-americanas da China. A medida pode reavivar uma guerra comercial desestabilizadora que Washington e Pequim pausaram em meio a uma diplomacia meticulosa neste ano.
Por aqui, os agentes reagiam mal ao noticiário que trata do Orçamento do governo para 2026, em meio aos temores de que despesas sejam previstas sem a devida cobertura das receitas.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indicou que o pacote de medidas para 2026 poderia somar R$ 100 bilhões, sem que as receitas estejam garantidas. Na conta entram medidas como a ampliação da isenção do Imposto de Renda, a distribuição de gás de cozinha, a isenção nas contas de energia para uma parcela das famílias e o pagamento de bolsas para estudantes — todos programas já anunciados anteriormente pelo governo.
Ainda que não haja novas medidas, os agentes demonstravam preocupação nesta manhã de sexta-feira que o ano de 2026 seja, de fato, marcado por ações para impulsionar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com impacto negativo para as contas públicas.
O post Dólar dispara e bate R$ 5,50 com incertezas fiscais e ameaças de Trump à China apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.