Prêmio Nobel da Paz de 2025, anunciado na última sexta-feira (10) pelo comitê norueguês. Após o anúncio, a ela dedicou a conquista “ao povo sofredor da Venezuela” e igualmente a Donald Trump, afirmando que conta com o apoio do presidente dos EUA “agora mais do que nunca” para ajudar os venezuelanos a “alcançar a liberdade e a democracia”.
Já Petro, que diz que Israel comete um genocídio na Faixa de Gaza, compartilhou em seu perfil uma carta de 2018 feita por Corina, endereçando primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e ao ex-presidente da Argentina Mauricio Macri.
No documento, ela solicitava proteção internacional para enfrentar o “regime criminoso venezuelano”, associado ao narcotráfico e ao terrorismo.
O presidente colombiano diz, em sua carta, que não entende os motivos para Corina pedir a ajuda de um “criminoso”, afirmando também que “nestes anos de genocídio contra os quais lutei, vi que os grupos políticos de extrema direita do mundo, aqueles em sintonia com Hitler, se tornaram os únicos aliados do genocídio e de Netanyahu”.
Ele questionou como um “genocida pode ajudar a construir a paz na Venezuela”, mencionando também os ataques da Marinha dos EUA às embarcações no Caribe.
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A Casa Branca informou, na época, que os alvos eram barcos utilizados no tráfico de drogas que ocorria entre a Venezuela e os EUA. Petro ressalta que não possui aprovação da administração de Trump por conta das críticas que ele fez sobre o país norte-americano em relação à falta de ação em Gaza.
“Donald Trump conseguiu se distanciar alguns centímetros de Netanyahu agora, depois que a humanidade deu um grande passo, até mesmo na Colômbia e na Argentina, e isso tornou possível deter, por enquanto, o genocídio já em andamento”, disse Petro, na publicação.
Como mencionado pelo próprio presidente da Colômbia, ele mantém um histórico de críticas a Donald Trump. Em nota, ele disse que Trump o considera de “uma raça inferior”. Em setembro, durante discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), Petro pediu a abertura de um processo penal contra Trump, alegando que o líder norte-americano teria ordenado ataques a embarcações próximas à costa venezuelana.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, foi o responsável por indicar María Corina Machado ao Prêmio Nobel da Paz.
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