Brasileiros acreditam que viverão até os 80 anos, aponta pesquisa
As preferências incluem terapias inovadoras como vibração corporal (65%), luz vermelha (60%), crioterapia (52%) e até tratamento com células-tronco (50%).
Além disso, 87% dos viajantes brasileiros querem aprender práticas de bem-estar para levar para o dia a dia, como ingestão cronometrada de café e terapia intravenosa.
O levantamento também mostra que os brasileiros são a quinta nacionalidade que mais pagaria por férias cujo único propósito fosse prolongar a expectativa de vida e o bem-estar (76%), atrás dos tailandeses (81%), indianos (79%), emiradenses (79%) e colombianos (77%), e empatados com os mexicanos (76%).
Leia também: Mais idosos, menos crianças: como os planos de saúde estão mudando
Conforto x aventura
Segundo Gleisson Rubin, diretor de Previdência do Grupo MAG e do Instituto de Longevidade, “os 60 anos são os novos 40″ e muitos idosos alcançam essa faixa etária com muita vitalidade e disposição para viajar e aproveitar a vida.
“Mas é um perfil extremamente heterogêneo. Alguns buscam viagens mais tradicionais e confortáveis, enquanto outros se aventuram por roteiros mais ativos e personalizados.”
A pesquisa da Booking.com mostra essa diversidade. A turma dos baby boomers, aquela geração que hoje tem 60 anos ou mais, não quer saber de ficar parada. Quase 1 em cada 5 está atrás de aventuras que tiram da zona de conforto, como passeios a cavalo, escalada em montanhas, expedições em rios e até camping na Antártida. Os mais corajosos querem encarar mergulho em cavernas, paraquedismo e surfe em vulcões.
“O importante é reconhecer que não existe mais um padrão único para o envelhecimento no país, e essa heterogeneidade exige atenção especial dos setores de turismo e serviços para atender a essa população crescente com qualidade e diversidade”, afirma Rubin.
Leia mais: Menos de 1/4 das pessoas faz reserva para aposentadoria; por que isso é um problema?
Planejamento futuro e os gastos com lazer
Mas toda essa disposição para viajar e curtir a vida também tem muita relação com um planejamento financeiro cuidadoso para garantir não só a aposentadoria, mas também a liberdade para realizar sonhos e aventuras.
De acordo com Guilherme Hinrichsen, vice-presidente comercial da regional São Paulo da Icatu Seguros, a longevidade crescente torna fundamental pensar no momento da desacumulação, ou seja, quando a pessoa começa a utilizar o capital acumulado para garantir uma renda e também para realizar sonhos como o de viajar.
“O planejamento futuro deve contemplar não apenas a segurança financeira, mas a qualidade de vida e a realização pessoal.”
Leia também: Previdência pública vai custar R$ 1 tri em 2026 — e pode não bancar sua aposentadoria
Pensando na etapa de ‘desacumulação’, uma forma simples de fazer isso é resgatar mensalmente uma parte desse capital, funcionando como um “salário” durante os anos de descanso. Além disso, existem planos de renda oferecidos pelas seguradoras, que garantem uma mesada fixa — seja enquanto a pessoa viver (renda vitalícia) ou por um período determinado (como 15 anos).
Nesses planos, o cliente entrega seu dinheiro para a seguradora, que assume o risco de pagar a mesada mesmo que o aposentado viva muito além do previsto. E mais: se o segurado falecer, alguns planos continuam pagando os beneficiários, como filhos ou familiares.
“Essa modalidade é fundamental porque a expectativa de vida e a data exata da aposentadoria são incertas. A seguradora assume o risco de a pessoa viver 10, 20, 30 anos ou mais após se aposentar, garantindo uma estabilidade financeira e tranquilidade para aproveitar essa fase da vida, inclusive para viajar e se divertir”, explica Hinrichsen.
Tem alguma dúvida sobre o tema? Envie para leitor.seguros@infomoney.com.br que buscamos um especialista para responder para você!
The post Idosos em movimento: como a longevidade está transformando o turismo no Brasil? appeared first on InfoMoney.