O ecossistema de startups financeiras no Brasil está em plena ebulição, e quem está ditando o ritmo dessa transformação são dois nomes de peso: Itaú Unibanco e a B3, a bolsa de valores brasileira. Um levantamento recente do Distrito, plataforma de inovação, coroou os dois gigantes como os investidores corporativos mais ativos no universo das fintechs brasileiras, um sinal claro de que a inovação não é mais uma opção, mas uma estratégia central de negócios.
Desde 2018, o Itaú já injetou capital em pelo menos sete fintechs, com um portfólio que inclui nomes promissores como a Monkey, focada na antecipação de recebíveis, e a catarinense Meu Acerto. Seu movimento mais recente e audacioso foi a aquisição de 49,9% da Aviti, uma empresa especializada em tecnologia para o setor de crédito. Essa estratégia, conhecida como Corporate Venture Capital (CVC), permite que grandes corporações como o Itaú não apenas financiem, mas também colaborem e integrem as soluções ágeis dessas startups em seus próprios ecossistemas.
Na mesma trilha de investimentos estratégicos, a B3 se destaca com aportes em cinco fintechs de alto impacto. Entre elas estão a Marvin, que otimiza o uso de cartões para PMEs, a exchange de criptoativos Foxbit e a plataforma de crédito agrícola Agrotoken. A atuação da B3 demonstra uma visão de futuro, diversificando suas operações e abraçando as novas fronteiras do mercado financeiro digital.
O relatório do Distrito aponta para uma tendência inegável: as grandes corporações são as protagonistas do financiamento de startups no país. Em 2023, dos impressionantes US$ 1,1 bilhão investidos, 41% vieram de fundos de CVC. Isso mostra que, mais do que nunca, a sinergia entre a solidez das empresas tradicionais e a agilidade das fintechs é o motor que impulsiona a verdadeira inovação no setor financeiro do Brasil. A mensagem é clara: os gigantes não estão apenas observando, eles estão jogando para ganhar.