Quem investiu durante os últimos doze meses no fundo imobiliário KNCR11 (Kinea Rendimentos) percebeu na prática o impacto que o reinvestimento de dividendos pode ter sobre o retorno.
O KNCR11, gerido pela Kinea Investimentos, se consolidou como um dos principais fundos de “papel” listados na B3, com mais de 444 mil cotistas.
Seu desempenho recente está bastante ligado ao ambiente de juros, que favorece os CRIs indexados ao CDI — base predominante da carteira do fundo.
Abaixo, confira o resultado da simulação, realizada pelo InfoMoney com dados da Economatica.

Em uma simulação com aporte inicial de R$ 100 mil, quem reinvestiu mensalmente os proventos chegou a R$ 114,4 mil, equivalente a um ganho total de 14,42% em 12 meses.
Por outro lado, quem apenas recebeu os dividendos, sem reinvesti-los, acumulou cerca de R$ 13,2 mil em proventos e manteve praticamente o capital investido, com rentabilidade total de apenas 0,15%.

Em setembro, os cotistas do KNCR11 receberam R$ 1,35 por cota, valor que representa 1,32% de rentabilidade mensal considerando o preço médio de R$ 102,12 por cota.
Na prática, o fundo entregou 108% da taxa DI no período — ou 127% do CDI quando ajustado pelo gross-up de IR a 15%. O gross-up é uma forma de mostrar quanto um rendimento isento de IR vale em comparação a um investimento tributado.
O pagamento foi realizado em 13 de outubro, e os dividendos seguem isentos de imposto de renda para pessoas físicas, um dos atrativos do produto. O fundo encerrou o mês com resultado líquido de R$ 102,6 milhões.
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Como o mercado vê o KNCR11?
A carteira do KNCR11 segue amplamente alocada: 105,5% do patrimônio está em ativos-alvo, sendo 105,2% em CRIs remunerados a CDI + 2,16% ao ano, com prazo médio de 3,9 anos. O restante está distribuído entre LCIs (1,1%) e instrumentos de caixa (1,5%).
Em relatório semestral, o Itaú BBA destacou os pontos fortes do fundo: carteira diversificada, gestão experiente, baixo risco de crédito e alta liquidez, o que facilita a negociação das cotas no mercado secundário.
No entanto, o banco alerta que o desempenho dos proventos tende a ser pressionado em cenários de queda da Selic, já que o fundo é quase totalmente indexado ao CDI.
O BBA também chama atenção para o uso de operações compromissadas reversas, instrumento comum para gestão de caixa, mas que merece acompanhamento por parte do investidor.
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