Renda fixa puxa crescimento
O conjunto da renda fixa cresceu 9,4%, acumulando R$ 245,5 bilhões sob gestão e representando 45,4% das carteiras, praticamente estável em relação a 2024. Entre os destaques, além dos incentivados, estiveram os FIDCs, que saltaram 31,9% para R$ 36,6 bilhões, e os títulos públicos, com alta de 10,7%, totalizando R$ 42,9 bilhões.
Na contramão, os fundos de renda fixa recuaram 1%, somando R$ 58,9 bilhões, e os CDBs caíram 3,5%, para R$ 11,5 bilhões. As debêntures tradicionais também encolheram, com queda de 11,4%, para R$ 10,6 bilhões.
Corrida por isentos e impacto nos spreads
O crescimento da fatia de LCIs e LCAs detida por fundos vem na esteira de forte busca e valorização desses papeis, diante das discussões no Congresso sobre a MP 1.303/25, que prevê mudanças na tributação de investimentos. Embora o parecer do relator tenha mantido a isenção para debêntures incentivadas, CRIs e CRAs, outras classes como LCIs, LCAs e LIGs podem passar a ser tributadas em 7,5% a partir de 2026.
Na última semana, o spread de títulos incentivados recuou em 12 pontos-base, e a carteira desses ativos avançou avançou +0,45%, segundo o índice IDA – IPCA Incentivados.
Segundo analistas do Bradesco BBI, a incerteza regulatória provocou uma corrida de investidores para garantir a isenção ainda em 2025, especialmente nos fundos de infraestrutura que compram debêntures incentivadas. Esse movimento reduziu os spreads dos papéis, já que a demanda cresceu de forma acelerada no mercado primário e secundário.
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