Todo mundo já ouviu — e talvez até repetiu — alguns desses avisos em casa: “manga com leite faz mal”, “não entra na água depois de comer”, “chiclete gruda no estômago”. Tão repetidas quanto as receitas da avó, essas frases atravessaram gerações, ganharam status de verdade absoluta e continuam sendo repassadas de forma quase automática. Mas será que alguma delas realmente faz sentido?
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Para responder, o Metrópoles ouviu a nutricionista Ingrid Ulhoa, que ajuda a separar ciência de superstição em meio a tantos conselhos populares sobre alimentação.
“Esse tipo de crença vem de um tempo em que o acesso à informação era mais limitado. Muitas vezes eram formas de controle ou apenas falta de entendimento sobre o funcionamento do corpo”, explica.
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Manga com leite faz mal – Mito
Um dos exemplos mais emblemáticos é da manga com leite. Segundo a nutricionista, o mito possivelmente surgiu durando o período da escravidão no Brasil, quando o leite era um alimento reservado à elite, e espalhar o boato de que a mistura fazia mal seria uma maneira de impedir que escravizados o consumissem.
“Ainda que não haja registro oficial da origem, é um exemplo de como contexto social e alimentação se cruzam”, diz Ingrid. E reforça: “Não só manga com leite não faz mal como pode ser uma combinação deliciosa e nutritiva.”
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Leite com carne não pode – Mito
Outro mito comum é de que “leite e carne não podem ser consumidos juntos”. A explicação científica para esse medo até existe, mas não passa de um detalhe: segundo Ingrid, o cálcio do leite pode interferir levemente na absorção do ferro da carne, mas isso não compromete a refeição.
“Se a sua alimentação for equilibrada e variada ao longo do dia, essa combinação não traz prejuízo algum”, garante a nutricionista.
Chiclete gruda no estômago – Mito
A história do chiclete que gruda no estômago parece mais uma ameaça inventada para assustar crianças. “O chiclete não gruda no estômago. Se for engolido, ele passa pelo sistema digestivo e é eliminado nas fezes, normalmente.”
O que não é indicado é engolir chiclete com frequência, pois ele não é digerido e pode causar desconfortos intestinais se acumulado.
Mascar chicletes e balas foi considerado um aliado para diminuir a ansiedade de quem mantém o costume de fumar
Comer antes de nadar ou tomar banho faz mal – Mito
E quem nunca ouviu que comer e ir nadar pode ser fatal? Segundo a nutricionista, o que pode ocorrer é um mal-estar se a pessoa fizer esforço físico logo após uma refeição pesada. “Mas se você comer algo leve, como uma fruta ou um sanduíche natural, não há nenhum risco.”
“Comer e depois nadar não é perigoso, mas o ideal é respeitar o tempo de digestão”, reforça.
Melancia à noite faz mal – Mito
A melancia, coitada, também já foi acusada de causar problemas à noite. “Ela não faz mal em nenhum horário”, afirma Ingrid. “O que acontece é que, por ser muito diurética, algumas pessoas acordam para urinar à noite, mas ela não ‘fermenta’ nem ‘faz mal’.”
Para os dias quentes, melancia é uma boa escolha
Ovo aumenta o colesterol – Mito
Por muitos anos o ovo foi visto como vilão, mas hoje sabemos que ele é rico em proteínas, vitaminas e gorduras boas. “O consumo moderado não eleva o colesterol em pessoas saudáveis!”, aponta Ingrid.
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O bem-estar é fundamental para uma vida plena e satisfatória
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Ele abrange aspectos físicos, mentais e sociais
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Faça substituições inteligentes na dieta para comer mais saudável
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Praticar atividade física é essencial
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Ele permite que as pessoas vivam de forma mais equilibrada, saudável e feliz
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O bem-estar contribui para a prevenção de doenças e melhora a qualidade do sono
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Pessoas com bem-estar emocional tendem a desenvolver relações interpessoais mais satisfatórias
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Uma alimentação saudável, rica em nutrientes e equilibrada, fornece ao corpo os elementos necessários para um funcionamento adequado
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No fim das contas, essas crenças mostram como a alimentação vai além do prato: é cultura, é história e também é medo do desconhecido. Por isso, a dica da nutricionista é clara: “Antes de repetir ou seguir qualquer orientação passada de geração em geração, vale consultar um profissional. Comer bem começa com informação.”
