A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, está cada vez mais próxima de definir seu futuro político e retornar à antiga casa antes de fundar seu próprio partido: o Rede Sustentabilidade. Nas últimas semanas, a ministra se aproximou ainda mais do PSB, partido em que foi filiada em 2014, quando disputou a vaga do Palácio do Planalto.
Embora próxima, o martelo ainda não está batido. A decisão deve ser tomada após a Justiça definir os rumos sobre o comando da Rede. A ministra tentou manter o controle da legenda, mas foi derrotada pelo grupo de Heloísa Helena, uma das fundadoras do PSOL. No processo, o grupo de Marina apontou inconsistências e arbitrariedades na eleição.
As conversas com o PSB começaram ainda no começo do ano. Um convite formal foi feito por João Campos, prefeito de Recife e presidente nacional da legenda. Ela ainda recebeu contatos de PT e PSOL, mas os acordos não devem vingar.
Pesa à favor do PSB o bom relacionamento com a família Campos. Marina foi vice de Eduardo Campos na disputa pelo Palácio do Planalto em 2014 e assumiu a cabeça de chapa após a morte do ex-governador de Pernambuco em meio à campanha eleitoral. Outro fator que pesa é por já ter passado sem grandes crises pela legenda.
O partido já prepara a candidatura de Marina ao Senado por São Paulo. A ideia, inclusive, passou a surgir nos bastidores do Palácio do Planalto, com Lula apontando a vontade de ter uma pessoas mais de Centro para fazer dobradinha com um nome do PT no próximo ano. Do lado da esquerda, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) disputam a preferência de Lula. Enquanto um deve ir ao Senado, outro deve disputar o governo de São Paulo.
Mesmo que Marina queira aguardar a decisão judicial, suas correligionários já preparam uma debandada da Rede nas próximas semanas. A primeira que deve deixar o partido é a deputada estadual Marina Helou (Rede-SP). Ela deve fazer uma dobradinha com Marina Silva na sua candidatura à Câmara dos Deputados.