TÚNIS, 22 OUT (ANSA) – Um naufrágio de um barco de migrantes na costa de Salakta, na Tunísia, deixou pelo menos 40 pessoas mortas, em mais um episódio da longa série de tragédias com deslocados internacionais no Mar Mediterrâneo.
Segundo a rádio local Mosaique, que cita um porta-voz do Tribunal de Mahdia, Walid Chtabri, outros 30 indivíduos foram resgatados com vida pela Guarda Costeira tunisiana.
Ainda de acordo com a emissora, os migrantes eram provenientes da África Subsaariana, e entre as vítimas do desastre estão bebês recém-nascidos.
A Tunísia fica a apenas 145 quilômetros da ilha italiana de Lampedusa, uma das principais portas de entrada para migrantes forçados e refugiados na União Europeia.
Apenas em 2025, segundo o Ministério do Interior da Itália, 56,8 mil pessoas já concluíram a perigosa travessia do Mediterrâneo, um leve crescimento em relação às 55 mil contabilizadas no mesmo período do ano passado.
Além da Tunísia, as viagens clandestinas também partem da Líbia, porém os principais países de origem dos deslocados que chegam à Itália são Bangladesh (17 mil), Egito (7,8 mil), Eritreia (7 mil), Paquistão (3,8 mil) e Sudão (3,4 mil).
Já de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 895 pessoas morreram ou desapareceram durante a travessia do Mediterrâneo Central em 2025, enquanto o número de fatalidades desde 2014 chega a 25,5 mil. (ANSA).