Após petistas de São Paulo anunciarem projetos de lei na capital paulista e a nível estadual para combater roubos e furtos de celulares, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que as iniciativas já são tomadas pela sua gestão e não foi necessário “nenhum tipo de projeto” para implementar medidas inspiradas no governo do Piauí.
“A gente sempre tem por hábito incorporar boas práticas. Então, é algo que a gente já está fazendo no estado de São Paulo. Então, eles [bancada do PT paulista] estão meio tarde já nisso”, disse o governador a jornalistas.
Embora tenha criticado os projetos de lei dos petistas, o governador citou duas vezes o exemplo do Piauí, governado por Rafael Fonteles (PT), quando comentou a iniciativa da bancada paulista.
“A gente tá mandando as mensagens para os receptadores, estimulando a devolução dos celulares. A gente já fez jornadas de devolução dos celulares, já conseguimos restituir alguns milhares de celulares para os seus donos, dentro da mesma lógica que foi realizada no Piauí. Então, não tem nenhuma novidade nisso”, afirmou Tarcísio.
O governador se referia ao programa “SP Mobile”, implementado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) paulista. Os disparos de notificações aos celulares roubados ou furtados iniciaram em setembro.
Aviso aos receptadores
O “SP Mobile” é um sistema, desenvolvido por uma equipe de informática do governo, em parceria com operadoras de celular, que consegue cruzar dados de Boletins de Ocorrência (B.O), como o número de IMEI, para comunicar o receptador sobre a possibilidade de devolver o aparelho a uma delegacia e se livrar da imputação do crime de receptação.
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De acordo com a pasta, em quatro meses, mais de 8,4 mil celulares foram recuperados, dos quais 3,8 mil devolvidos aos donos. A SSP também instaurou a Operação Mobile, que atua nas oito Delegacias Seccionais da capital e já apreendeu 75,9 mil aparelhos, dos quais 41 mil foram devolvidos aos proprietários. Segundo a secretaria, mais de 1,1 mil criminosos envolvidos em furtos, roubos e receptação de celulares foram presos.
Além disso, a Polícia Militar de São Paulo firmou acordo com o Google para que os policiais possam bloquear e localizar o aparelho da vítima, de forma remota, durante o atendimento da ocorrência.
Tarcísio também criticou a reincidência do crime, disse que “se depara com essas situações de prender a mesma pessoa 15 vezes, 20 vezes, 30 vezes”. Ele disse que os governadores do Sul e Sudeste pediram a deputados federais e senadores para que as punições sejam mais severas, com revisão de progressão de pena ou libertação em audiência de custódia.