O agronegócio no Brasil vive um momento de contínuo esforço entre agentes de seu ecossistema em busca das melhores práticas, soluções e evolução na gestão do conhecimento – 82% dos players ouvidos para o Termômetro da Inovação Aberta no Agro, estudo lançado pelo PwC, estão presentes em pelo menos um hub de inovação e 54% participam de dois ou mais. “Nossa pesquisa explora a complexidade e a dinâmica do ecossistema de inovação no agronegócio, destacando a necessidade de estratégias integradas que coordenem todos os participantes do ecossistema em torno de uma colaboração mais efetiva”, afirmou Maurício Moraes, CEO do PwC Agtech Innovation, sócio da PwC Brasil e líder do setor de agronegócio.
+Como as cooperativas alavancam o crescimento e a inovação no campo
Mais de três quartos das empresas participantes (76%) praticam a inovação aberta, o que demonstra o entendimento de que é valiosa a colaboração citada por Moraes: “Nesse contexto, os hubs de inovação, a exemplo do PwC Agtech Innovation, emergem como facilitadores que conectam e refinam as interações entre as partes”, completa. O estudo demonstra que há, também, a necessidade de refinar estratégias para integrar melhor as soluções de inovação às demandas práticas do campo e promover a sustentabilidade agrícola. Atualmente, 82% das organizações gostariam de colaborar com parceiros estratégicos no futuro, mas apenas 38% se sentem preparadas para este tipo de ação. Ainda dentro de uma tendência de que é preciso fortalecer laços para evoluir em conjunto, 80% dos participantes esperam que seus grupos de inovação façam conexões com áreas internas e parceiros externos, mas só 32% afirmam que estão efetivamente conectados. Além disso, apenas 28% conseguem escolher quais serão seus parceiros externos com facilidade, para 68% esta busca ainda é um objetivo futuro.
MERCADO SEMENTEIRO
Como a tecnologia impulsiona o seu crescimento?
Como a tecnologia impulsiona o seu crescimento?
O mercado sementeiro alcançou 300 milhões de toneladas em 2023. Segundo Cássio Menezes, esse setor contribui para as exportações, com a soja gerando R$ 24,5 bilhões, mas exige investimentos em genética e agricultura de precisão, biotecnologia e big data para monitorar e planejar a produção. O uso de sensores, drones e sistemas de análise preditiva aprimoram a produtividade e permitem decisões mais assertivas. No entanto, parte do setor vê o custo da tecnologia como desafio, o que requer adequação das ferramentas ao segmento.

TOKENIZAÇÃO
Agtechs inovam setor de commodities com blockchain
Agtechs inovam setor de commodities com blockchain
No último mês, duas agtechs, a Agrotoken e a Polygon, firmaram parceria para atuar no setor de commodities por intermédio do uso de blockchain e tokenização. A aliança permitirá que se construa infraestrutura na rede Polygon Proof of Stake (PoS), trazendo maior escalabilidade, eficiência e segurança para o processo de tokenização de commodities, criando outras oportunidades em finanças descentralizadas (DeFi) e tokenização de ativos do mundo real (RWA). A transição do Polygon PoS e o lançamento da Natural Resources Chain, ampliam a camada de conhecimento em CDK (Chain Development Kit), para garantir a interoperabilidade entre cadeias e aumentar a segurança e a eficiência das transações. Assim, cria-se um ecossistema mais transparente, eficiente e sustentável, para a gestão destes ativos, focando o incremento das operações comerciais dos agricultores e em novas oportunidades de investimento em toda a cadeia de valor.
CONECTIVIDADE
Safra Conectada: para se valer da inteligência de dados, o agro precisa de mais cobertura de 3 e 4G
Safra Conectada: para se valer da inteligência de dados, o agro precisa de mais cobertura de 3 e 4G
Mesmo com tantos desafios, a produção de grãos no Brasil deve aumentar mais de 8% na safra 24/25, de acordo com a Conab. Um resultado que pode ser muito maior com o uso da inteligência digital. Estudos realizados pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) indicam que a adoção de tecnologias pode aumentar a produtividade agrícola em até 25%, e reduzir os custos operacionais em até 20%. Para isso no entanto, o agro precisa solucionar o gap de conectividade nas zonas rurais. A Sol by RZK, ‘e uma empresa que trabalha nesse sentido, oferecendo conexão 3G/ 4G, com sinal de qualidade que alcança até as áreas mais remotas do país.
FUTURECOM
ConectarAGRO atualiza dados de Indicador de Conectividade Rural
ConectarAGRO atualiza dados de Indicador de Conectividade Rural
Durante a Futurecom 2024, a ConectarAGRO destacou a atualização dos números do Indicador de Conectividade Rural (ICR), que foi desenvolvido pela agtech em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), para mensurar a conectividade em áreas rurais e remotas do Brasil. Em abril, a Associação registrou que apenas 19% da área disponível para uso agrícola no Brasil contava com cobertura 4G e 5G, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Atualmente, esse percentual aumentou para 23,8%. Além disso, a média do Índice de Conectividade Rural (ICR) por município no país passou de 0,45 para 0,6. Nos últimos seis meses, houve um aumento de 37% para 43,8% na quantidade de imóveis rurais com cobertura 4G e 5G em áreas destinadas à agropecuária.

O post Termômetro da Inovação no Agro mapeia maturidade no setor apareceu primeiro em Dinheiro Rural.