O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pretende visitar a Faixa de Gaza e destacou a criação de um Conselho da Paz, envolvendo aliados no Oriente Médio. A declaração foi feita em meio ao cessar-fogo entre Israel e Hamas no território palestino.
Em entrevista à revista Time publicada nesta quinta-feira (23/10), Trump contou que um Conselho da Paz foi criado e que os países do Oriente Médio farão parte dele, atuando na Faixa de Gaza.
O presidente norte-americano atua como principal mediador do cessar-fogo entre Israel e Hamas, ao lado dos países do Catar, Egito e Turquia.
“Sim, eu vou [para Gaza]. Sabe, nós temos o Conselho da Paz, e ele está criado. Eles me pediram para presidir. Não era algo que eu quisesse fazer, acredite, mas o Conselho da Paz será um grupo de pessoas muito poderoso e terá muito poder em termos do Oriente Médio”, destacou Trump.
Cessar-fogo
- Hamas e Israel assinaram um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que até o momento enfrenta riscos devido a acusações de violações mútuas entre as partes.
- Israel voltou a atacar a Faixa de Gaza no último final de semana, alegando que o grupo violou o cessar-fogo. Cerca de 45 pessoas morreram.
- O Hamas, por sua vez, afirmou estar cumprindo os termos do cessar-fogo e negou qualquer violação, acusando Israel de descumpri-lo.
- O Hamas também é acusado de violar o acordo devido ao atraso na entrega dos restos mortais de reféns israelenses, prevista na primeira fase do cessar-fogo.
O presidente dos EUA acrescentou que o Oriente Médio nunca foi realmente unido e que, agora, com o cessar-fogo, “ele realmente foi unido, exceto o Hamas”. O grupo extremista vem recebendo ameaças de Trump por não entregar todos os corpos de reféns israelenses.
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O Hamas admitiu ter dificuldade na entrega dos corpos devido aos destroços deixados pelos ataques israelenses.
“O Hamas, em teoria, também foi unido, eles assinaram o documento. Sabe, eles concordaram com tudo isso”, afirmou Trump.
O líder norte-americano destacou que o grupo até poderia ir contra o cessar-fogo, mas “ninguém se importaria” se os Estados Unidos entrassem e repreendessem o Hamas.
As tensões entre Israel e Hamas permanecem devido à não entrega dos corpos israelenses, que faz parte da primeira fase do acordo.