A União Europeia adiará a implementação de sua lei antidesmatamento pela segunda vez, disse a Comissária do Meio Ambiente, Jessica Roswall, postergando por mais um ano a proibição de importações de commodities, como o óleo de palma, ligadas à destruição de florestas. Bruxelas já havia adiado a lei após reclamações de indústrias e parceiros comerciais, incluindo o Brasil, Indonésia e a administração do então presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
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Roswall disse que o adiamento da implementação da lei contra o desmatamento foi necessário para lidar com preocupações sobre os grandes volumes de informações que precisam ser inseridos no sistema de tecnologia da informação para aplicar a lei, e que isso não estava relacionado às preocupações dos Estados Unidos sobre a política.
A culpa é da TI
Prosseguir com o lançamento da política, que proíbe a importação de commodities, como soja, carne bovina e cacau, ligadas ao desmatamento de florestas, sem abordar o sistema de TI, pode causar transtornos às empresas e cadeias de suprimentos da UE, disse ela.
“Estamos preocupados com o sistema de TI, dada a quantidade de informações que colocamos no sistema. E é por isso que buscaremos, com os colegisladores, um adiamento de um ano. E isso, é claro, também nos dará tempo para analisar os diferentes riscos”, disse ela.
“Há muitas informações provenientes do setor e das empresas em um curto período de tempo. Essa é a sobrecarga que vemos como um risco, e é por isso que precisamos desse tempo extra para ver como podemos resolver isso”, acrescentou Roswall.
Roswall disse que discutiria as próximas etapas com o Parlamento Europeu e os Estados membros da UE, que devem aprovar o atraso.
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