A crise climática é cada vez mais reconhecida como uma emergência de saúde pública à medida que seus efeitos se tornaram o ‘novo normal’. O aumento da temperatura global terá consequências abrangentes para a saúde humana, transcendendo convicções pessoais ou políticas. Além dos impactos na saúde física, a saúde mental também será afetada, com o aumento da ecoansiedade, do estresse e de sintomas de trauma, devido à crescente ocorrência de desastres ambientais.
As ondas de calor no Rio de Janeiro, as enchentes no Rio Grande do Sul, o fenômeno La Niña e o aumento de incêndios florestais mostram que o Brasil e a América Latina como um todo já enfrentaram uma série de eventos climáticos extremos nos anos de 2024 e 2025, o que destaca a urgente necessidade de ações de mitigação dos impactos das temperaturas extremas.
O Clikr, atento ao impacto dos eventos climáticos no consumo, defende a integração da sustentabilidade nas estratégias de negócios há mais de uma década. Com 56% da população global refletindo semanalmente sobre o tema (PNUD), novos estilos de vida se manifestam – antecipamos uma transformação da vida social diurna, com a ascensão de um estilo de vida noturno impulsionado pelas mudanças climáticas.
Vida noturna: estratégia de lifestyle de 2025 em diante.
Para estratégias de produtos, as marcas podem se adaptar, desenvolvendo funcionalidades e designs que facilitam o futuro, a vida noturna se expandirá para além dos bares e casas noturnas; restaurantes e comércios ampliarão seus horários e surgirão novas modalidades de turismo, focadas nas atividades ao ar livre. Essas mudanças demandarão novos espaços sociais, tal qual os terceiros espaços – pontos de encontro fora de casa ou do trabalho –, em que os jovens experienciarão uma vida noturna excêntrica, por meio de experiências gastronômicas, ambientes não alcoólicos – como os cafés noturnos –, serviços de bem-estar, autocuidado e condicionamento físico.
Apesar de ser um fenômeno emergente, em breve observaremos as ofertas de entretenimento noturnas crescerem exponencialmente. Segundo pesquisas, enquanto a economia diurna de Londres está crescendo 2%, a noturna, por sua vez, está crescendo 2,2%. Atualmente a economia noturna é a quinta maior indústria do Reino Unido, respondendo por pelo menos 8% dos empregos e pela receita anual de 66 bilhões de libras (NTIA).
Mas como esse novo estilo de vida afetará o mundo dos negócios? Considerando que 53% dos jovens mundialmente adiam a hora de dormir, as marcas precisarão participar ativamente da economia noturna para atender às demandas desse público, oferecendo, por exemplo, opções de comércio após às 21h – em dias quentes, para evitar o calor; no frio, para evitar tumulto. Se não for possível prolongar o horário de funcionamento das lojas, o drive-thru para retirada de pequenas compras pode ser uma solução.
Em rotinas noturnas centradas na criação de comunidades e experiências coletivas e no estímulo à saúde e ao bem-estar, como meios de transporte alternativos e equipamentos dedicados à prática de corrida noturna.
