Imagine um mundo onde transferir dinheiro para outro país é tão simples e instantâneo quanto fazer um Pix. Essa é a visão audaciosa da Revolut, o maior banco digital do Reino Unido, que desembarca no Brasil com um plano ambicioso: redefinir o mercado financeiro e entrar em rota de colisão direta com o Nubank.
Com mais de 65 milhões de clientes globais e uma meta de alcançar a marca de 100 milhões até 2027, a Revolut não está para brincadeira. A fintech planeja um investimento colossal de US$ 13 bilhões nos próximos cinco anos para expandir sua presença global, e o Brasil é uma peça-chave nesse tabuleiro estratégico.
Desde sua estreia no mercado brasileiro em maio de 2023, a Revolut iniciou suas operações oferecendo uma conta internacional robusta, transações com criptomoedas e os serviços essenciais do dia a dia, como Pix e pagamentos de boletos. O próximo passo? Aprofundar seu portfólio com produtos de investimento e crédito, mirando uma licença de Banco Múltiplo para operar com força total.
Mas qual o grande diferencial em um mercado tão competitivo? A resposta está na sua essência global. Enquanto concorrentes, como o Nubank, concentram sua atuação na América Latina com um forte apelo no cartão de crédito, a Revolut joga em uma escala mundial. Sua plataforma integrada permite que um cliente no Brasil envie dinheiro instantaneamente para um usuário na Europa, Ásia ou Estados Unidos, um trunfo poderoso na nova economia conectada.
A comparação com o Nubank é inevitável, mas as estratégias divergem. Glauber Mota, CEO da Revolut no Brasil, destaca que, embora o público-alvo possa ser o mesmo, os caminhos são distintos. O “roxinho” construiu seu império a partir do cartão de crédito, conquistando a confiança do brasileiro para depois expandir seus serviços.
A Revolut, por outro lado, aposta na amplitude e na diversidade de seu “super app” financeiro. A proposta é oferecer uma solução completa e integrada que vai além do crédito, focando em uma experiência internacionalizada que nenhum outro player local oferece com a mesma fluidez. É a força da marca global contra a solidez do domínio local. A batalha pela sua preferência está apenas começando.
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