Como os Bancos Tradicionais Viraram o Jogo Contra as Fintechs

Uma análise aprofundada revela por que ter milhões de downloads não significa nada quando a confiança e a robustez dos "bancões" dominam o engajamento diário do consumidor brasileiro.

Sueryson Maranhão
Especialista de Marca, copywriter, redator, com passagens como coordenador de marketing digital focado em conteúdo, responsável pela comunicação de grandes players do mercado financeiro. Atualmente, Copywriter...
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No vibrante cenário financeiro brasileiro, uma verdade inconveniente veio à tona, desafiando a narrativa de que as fintechs seriam as herdeiras indiscutíveis do setor. Um novo relatório da RankMyApp expõe um paradoxo surpreendente: embora as fintechs e carteiras digitais sejam campeãs em volume de downloads, impulsionadas por agressivas campanhas de marketing, elas perdem feio na arena mais crucial de todas: o engajamento real e a retenção de usuários.

A batalha pela tela do smartphone está sendo vencida, silenciosamente, pelos gigantes. Os aplicativos dos bancos tradicionais — os “bancões” — não apenas registram os maiores índices de uso diário e mensal, mas também cultivam uma frequência de acesso que seus concorrentes digitais não conseguem replicar. O motivo? Uma combinação poderosa de confiança, amplitude de serviços e uma experiência de usuário cada vez mais sólida.

 

Mais que um App Bonito: A Força do Ecossistema Integrado

 

A pesquisa desmistifica a ideia de que uma interface moderna ou uma campanha viral sejam suficientes para fidelizar o cliente. A verdade é que os usuários, após a curiosidade inicial, gravitam em direção à conveniência e à segurança. Os bancos tradicionais transformaram seus aplicativos em verdadeiros ecossistemas financeiros, onde o cliente pode resolver todas as suas pendências — de investimentos a seguros, de pagamentos a financiamentos — em um único lugar.

Essa percepção de “solução completa” é um trunfo que as fintechs, muitas vezes focadas em nichos específicos, ainda lutam para construir. A nota de usabilidade pode até ser alta para os novatos, mas de que adianta um aplicativo intuitivo se ele é aberto apenas esporadicamente? A confiança, consolidada ao longo de décadas, e a profundidade do portfólio de serviços pesam mais na balança do uso recorrente.

 

O Desafio da Retenção: Onde as Fintechs Devem Mirar

 

Para as fintechs e carteiras digitais, o sinal de alerta está soando. O desafio agora transcende a aquisição de novos usuários e se concentra em otimizar a jornada do cliente desde o primeiro contato, reduzindo atritos e convertendo instalações em um hábito diário. Estratégias de CRM, notificações inteligentes e uma personalização muito mais profunda são o caminho para transformar a percepção positiva em uso efetivo.

Enquanto isso, os bancos tradicionais têm sua própria lição de casa: explorar campanhas mais ousadas para atrair o público jovem, que ainda domina a base de clientes das fintechs.

A conclusão é inegável: a guerra financeira digital não será vencida apenas com marketing agressivo, mas com a entrega de um valor real e integrado. Os gigantes do mercado provaram que, mesmo em um mundo digital, a tradição e a confiança, quando aliadas à tecnologia, formam uma fortaleza difícil de derrubar.

Especialista de Marca, copywriter, redator, com passagens como coordenador de marketing digital focado em conteúdo, responsável pela comunicação de grandes players do mercado financeiro. Atualmente, Copywriter Sênior e Branded Specialist na *Clikr. | Tecnologia*. Especialista em modernização para gestão pública, palestrante e criador de conteúdos multicanal sobre transformação digital, tecnologias disruptivas, ecossistema tech, cidades inteligentes, negócios e startups. Graduado em Engenharia de Software e Sistemas lógicos. Especialista em Assessoria de Comunicação e Marketing, Gestão e Docência na Educação a Distância, Docência do Ensino Superior e graduado em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo. Editor-Chefe e Autor do Portal de Notícias "O CAMPINENSE".
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